São Paulo. Mulheres ocuparam predio no Dia Internacional das Mulheres
Cerca de 250 mulheres dos Movimentos Populares e da luta pela Reforma Urbana (UMM-SP, UNMP, Rede Mulher Habitat e Central de Movimentos Populares), no dia 08 de março de 2012, ocuparam edifício abandonado na Rua Quintino Bocaiuva, no centro de São Paulo.
Mulheres na luta por reforma urbana: por que ocupamos as ruas
Nós, Mulheres dos Movimentos Populares e da luta pela Reforma Urbana, neste dia 08 de março de 2012, ocupamos para reivindicar políticas públicas inclusivas e democráticas, para denunciar a violência nos despejos, a falta de habitação, a criminalização das lutas e das lutadoras do povo, a falta de condições mínimas de vida nas cidades e a subtração de direitos conquistados pela luta popular.
As cidades estão distantes de oferecerem condições e oportunidades iguais aos seus habitantes. As Mulheres Sem Teto, em sua maioria, estão privadas ou limitadas em seus direitos em virtude de sua situação de pobreza e violência cultural, étnica, de gênero, de idade, enfrentando dificuldades para satisfazer as necessidades básicas de suas famílias.
Contribuem para isso a falta de políticas públicas direcionadas para as Mulheres, como políticas de Moradia, Saúde e Educação, se somando as graves situações de violência, discriminação e segregação em que são submetidas.
A cidade que deveria ser um espaço de realização de todos os direitos humanos e das liberdades fundamentais, assegurando a dignidade e o bem estar coletivo de todos e todas invariavelmente é uma cidade agressiva aos pobres. Somando-se a isso, as desigualdades de Gênero se intensificam a cada dia.
Diante destes problemas, as Mulheres vêm assumindo um papel como sujeito de transformação, vêm se mobilizando, denunciando, atuando como sujeitas de direito e se afirmando em diversos canais de participação, que historicamente lhes têm sido negados.
O tratamento desigual dispensado às mulheres desconsidera a sua contribuição diária às suas organizações para a construção da cidade justa, sustentável e fraterna. O exemplo disso é o grande número de mulheres presentes nas diversas lutas e no enfrentamento por direitos, na liderança de suas comunidades, nas ocupações, nas mobilizações, nos mutirões habitacionais, nos conselhos de saúde, nas associações de moradores, nas federações, sindicatos e nos movimentos de moradia.
Somos todas trabalhadoras na luta por melhores condições de vida, por trabalho e salário justo. Ocupamos pela luta por moradia e outros direitos, para denunciar a opressão e a discriminação contra as nossas famílias Sem Teto e Sem Terra, contra a pobreza e a miséria, contra todas as formas de violência praticadas pelo poder público e pelo capital imobiliário especulativo.
Contra a violência policial, em defesa da Reforma Urbana, somos todas Pinheirinho!
Somos todas Moinho e todas as Comunidade atingidas pelo capital imobiliário!
Somos todas por Justiça! A cidade é do povo! Nela trabalhamos e nela queremos morar com dignidade.
Contato: Mirian, CMP (011) 5747 - 8042
Verinha,UMM (011) 9852 – 4751
Mariza, CMP (011) 9513 – 9325
Maria Barboza,UMM (011) 8711 – 0086
Fátima,(011) UMM 9540-1722
Tereza Lara, CMP (011) 7054-3947
Sueli Lima,(011) CMP 9140 75 33
Vera,(011)UMM 9401 -5732
Cida,(011) UMM 6110-6289
Conceição,(011)UMM 6698 – 5331
Juliana Avanci,(011) UMM 8773 – 5572
Olga, (011)UMM 7548-2109
Sueli, (011)UMM 6458-3515
Neuma, (011)UMM 8285-8244
Ednalva , (011) CMP 7022-0122
Assessoria de imprensa Graça Xavier UMM/ UNMP/ RMH
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